Hoje, o tempo não começou do zero.
Ele apenas se lembrou
de que ainda pode ser novo.
Não houve clarins, nem trovões,
apenas o silêncio
cedendo espaço ao primeiro passo.
É o mesmo corpo,
mas o olhar é outro.
Como quem acorda dentro de si
pela primeira vez —
e entende que está vivo.
Não escrevemos para o passado.
Escrevemos porque o agora
é uma folha em branco
com cheiro de amanhecer.
E se cada verso é uma escolha,
então este é o verso inaugural.
Este é o ponto de partida.
Este é o primeiro dia
do resto
de nossas
vidas.
Por Edson J. Novaes & Noésis
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