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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Crespúculo

Vampiros do Senhor
Do seu sangue não quero beber
Tenho o suficiente em minhas veias
Teu sangue é tão inócuo quanto o meu
Amém, Amém, Amém
Do sangue e do corpo tenho pavor
Quem irá me liberar
Desse ventre seco
de onde só ouço ladainhas
Do ventre da mãe amada
Para uma pátria idolatrada
Se ao menos fosse letrada
Aceitaria a pedrada
E com o crânio rachado a sangrar
Até a morte chegar e me levar
Mas não tenho tanta sorte assim
E o que resta é esperar
O sangue parar de correr
E eu aqui a definhar
Acreditando que alguém
Venha me salvar
Eu calço é 37, mas meu pai me dá 36.

Recomendo: Sapato 36

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lascas

Vejo manchas vermelhas
Na porta do banheiro
No chão do quarto
Em minha roupa
Nas minhas mãos
Que seguram um cigarro
Um bom cigarro
Mas só um cigarro
Me acompanha nesse
transe
Uma garrafa semi vazia
de conhaque
Meus dedos atrapalham-se
Ao botão do volume
Procurando a melhor
Acústica para o meu fim
Fim que se aproxima
De forma suave
Sublime
No simples gotejar
Do meu sangue
Vermelho sangue
Sangue quente
Brindo a minha loucura
Com remédios e sangue
Muito bom com conhaque.

Pulso

Que satisfação
Cortar os pulsos
Quatro cortes paralelos
Não tão profundos assim
Mas para que o sangue saia
Esse sim era vermelho
Quente
Poder vê-lo jorrar
Por um momento
Me sinto livre
De certa forma
Entre os mortos
E seu mundo
Mas não sou mais 
Um simples mortal
Tenho as marcas
As chagas
Que me acompanharão
Até o fim da minha
Jornada
Que não chegou
ao fim
Que ironia
A ave Fênix.

Doce, sweet vida.

Escrever coisas doces
Coisas bonitas, alegres
Não é tão fácil assim
A escuridão ronda sedenta
De sangue, do amor
Amor que não se encontra aqui
O vazio é contínuo
Um espaço sem fim
Do lado azul do céu
De onde se vê um céu
De papel
Um véu sem noiva
Sem história
A pairar no ar
Ar negro, irrespirável
O mal se encontra presente
Na cara de um presidente
Sem motivos, infeliz
Preso em seu próprio mundo
Criado em sangue
Espesso, sinistro
Preso na garganta
Sem dizer qualquer coisa
Sorri sarcástico
Aguardando o seu fim
Simplesmente assim.

Do interior

O que há dentro de você
Que você não quer ver
Que você não pode ver
Que foge de suas mãos
Que some da sua visão
Como uma mera ilusão
Esquecida na escuridão
De noites sem perdão
Ossos quebrados
De um corpo amorfo
Caído no chão
Com medo da escuridão
Que nunca chega
Os músculos se contraem
Mas você não sente a dor
Somente o calor
Do sangue a escorrer
Pelo chão sem vida
Talvez cinza
Um dia sem vida
A chuva e frio
São apenas
A tela e a moldura
De uma vida dura
Tão frágil quanto qualquer uma
Na espera de algo que não vem.

Sangue frio

Fria realidade
Sangue frio
Colorindo a negra alma
Sangue surreal
Sangue de cinema
Mas não o seu
Que corre sombrio
Em suas veias
Mera brincadeira
Destroçando membros
Destroçando mente
Assustando espíritos
Tão reais
Ocultando o que
O que há escondido
Atrás das máscaras
Atrás de você
O que te assusta tanto
Sua carne não é de pano
Pobre carne
Somente um veículo
Descontrolado as vezes
A merce da sua mente
Nem sempre sadia
De intenções nem sempre sadias
Onde o dia irradia.

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