quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Fragmentadora de histórias

A vida é a somatória de pequenos fragmentos
Fragmentos denominados de momentos
Momentos que possuem infinitos significados
Momentos que englobam os mais diversos sentimentos
Sentimentos adequados as mais variadas histórias
A minha história
A sua história
A história de uma civilização
A vida é uma história
Escrita com a essência
A essência do universo
Guardada, herdada através dos tempos
Uma vida não se resume
A uma história com final feliz
Numa tela de cinema
Uma vida feita de momentos
Felizes e trágicos
O que a torna excitante e estimulante
Levando a loucura em certos momentos
E ao nirvana (êxtase) em outros.

Fazendo as contas

Dizem que uma mulher
Pode suportar a dor
Nove vezes mais que o homem
Então por que o homem não chora
Se ele também sente dor?
Eu acreditei em muitas coisas
Que me ensinaram
E de repente percebi que as nuvens
Não são feitas de algodão
Que não existe um pote de ouro
No fim do arco-íris
E que nem mesmo o arco-íris existe
São partículas de água que dissolvem a
luz
A mentira é tão verdadeira
Quanto a verdade
O que sobra não é exatamente
Uma conta exata
Por mais que pareça.

Um café

Um choro
Ecoa solitário
Pelas ruas escuras
Um choro perdido
Talvez de criança
Inocente e ingênua
Um pedido de socorro talvez
Um grito de medo
O som de um coração partido
Um coração sozinho
Desesperado
Querendo ser desejado
Amparado
Como um delicioso café quente
Com seu aroma inigualável
Cansando de ser amargurado
Querendo se sentir quente
E acolhido
Numa noite sombria.

A noite cai

A noite cai
E com ela
História de vidas
Histórias de outras  vidas,
outras épocas, contemporâneas
estranhas e até assustadoras
As pessoas procuram na escuridão
Ouvidos que possam ouvi-las
Sem saber que a escuridão
Também pode ouvi-las
Vozes que precisam falar
Vozes que querem se libertar
Vagueiam inconscientes
Nas mentes perdidas e doentes
Numa cidade onde os ouvidos
Nada ouvem
Os olhos nada vêem
Os corações nada sentem
As lágrimas não são quentes
E nem sempre verdadeiras.

Freud

O espaço existente
Entre o vazio
E o nada
É tão subjetivo
Quanto a felicidade
Existe
Não existe
O que são
Ninguém sabe
Mas os nomes
Nomeiam as coisas
Coisas estas
Que existem
A sua volta
Na sua vida
Na sua mente
Nos dicionários
Mas que não o são
Ali a sua frente
Ao alcance de suas mãos
Do seu coração
A luz que nada
Mais é que energia
Energia presente no
Universo
Algo que existe
Que esta nos dicionários
Que não esta
Ao alcance de
Suas mãos
Por maiores
Que sejam seus braços
O céu não é azul
Mesmo estando
Ali a sua frente
O hidrogênio é volátil
Mas é a base
Da sua vida
O sentido não esta
No significado
Um quadro
Nada mais é
Que uma pintura
Riscados numa tela
De pano
"Um charuto
As vezes é só um charuto".

Nicotina

Sinto falta de algo
Que não me falta
Talvez um vazio
Possa preencher
Essa lacuna no peito
Peito nem sabe mais
O que é respirar
Um cristalino ar
Sem a sensação
Dilacerante que
Assola meus pulmões
Sujos de poluição
E nicotina
Aquela do remédio,
veneno e seus derivados
Vão todos pro céu
Porque não quero encontrar
Ninguém onde eu
For
Só e somente só
Como o ultimo cristal
de neve
Que vê tudo se
acabar ao seu redor.

Lascas

Vejo manchas vermelhas
Na porta do banheiro
No chão do quarto
Em minha roupa
Nas minhas mãos
Que seguram um cigarro
Um bom cigarro
Mas só um cigarro
Me acompanha nesse
transe
Uma garrafa semi vazia
de conhaque
Meus dedos atrapalham-se
Ao botão do volume
Procurando a melhor
Acústica para o meu fim
Fim que se aproxima
De forma suave
Sublime
No simples gotejar
Do meu sangue
Vermelho sangue
Sangue quente
Brindo a minha loucura
Com remédios e sangue
Muito bom com conhaque.

Pulso

Que satisfação
Cortar os pulsos
Quatro cortes paralelos
Não tão profundos assim
Mas para que o sangue saia
Esse sim era vermelho
Quente
Poder vê-lo jorrar
Por um momento
Me sinto livre
De certa forma
Entre os mortos
E seu mundo
Mas não sou mais 
Um simples mortal
Tenho as marcas
As chagas
Que me acompanharão
Até o fim da minha
Jornada
Que não chegou
ao fim
Que ironia
A ave Fênix.

Doce, sweet vida.

Escrever coisas doces
Coisas bonitas, alegres
Não é tão fácil assim
A escuridão ronda sedenta
De sangue, do amor
Amor que não se encontra aqui
O vazio é contínuo
Um espaço sem fim
Do lado azul do céu
De onde se vê um céu
De papel
Um véu sem noiva
Sem história
A pairar no ar
Ar negro, irrespirável
O mal se encontra presente
Na cara de um presidente
Sem motivos, infeliz
Preso em seu próprio mundo
Criado em sangue
Espesso, sinistro
Preso na garganta
Sem dizer qualquer coisa
Sorri sarcástico
Aguardando o seu fim
Simplesmente assim.

Fallere

O que dizer quando não se tem nada a dizer
Dizer uma meia verdade
Ou uma meia mentira
Isso não importa mais
As palavras não tem sentido
Sentido nenhum
Sentimento algum
Aonde estão as estrelas daquele olhar
A vagar sorridente
Perdido no ar
Onde estão os sentimentos
Aqueles mesmos que molham o olhar
Arqueiam um sorriso
Que escondem uma ruga
De um rosto sereno e cansado
De que lado você esta
No meio de uma guerra
Sem fim
Meus conflitos, meus fantasmas
Meus demônios e deuses
Onde estão vocês
Queria saber
Por que o que sinto não é sentimento
Muito menos real
Rasgando a carne da alma
Explodindo por dentro
Morrendo enfim
Sozinho ali
Sem querer incomodar ninguém
Adeus.

Facas

Estou tirando as facas
Só agora me dei conta
De quantas tinham
Mas dor continua
Até pior
As cicatrizes ficam
Escondidas
Mas ficam
Não sou mais o mesmo
Não sei o que sou
Não consigo
descobrir
É uma dor sem fim
Um fim que não chega
Chega jamais
Queria mais
Mais o quê
O minímo.

Querias!

Eu queria
Queria o quê
Já não sei
Sei o quê
Não sei o quê
O que do quê
Você não crê
Mas isso acontece
Na vida real
Real life
Comprei um machado
Não sei por quê
Porque o quê
Não sei
Não sei mesmo
O pé coça
De frente a carroça
Que roça sozinha
Sozinha roça
Comendo paçoca
Na sua roça
Da sua roça
O céu toca a minha cabeça
Onde estará as estrelas
Todas se apagaram
De medo
Não sei
As lentes embaçaram
Corta.

Do interior

O que há dentro de você
Que você não quer ver
Que você não pode ver
Que foge de suas mãos
Que some da sua visão
Como uma mera ilusão
Esquecida na escuridão
De noites sem perdão
Ossos quebrados
De um corpo amorfo
Caído no chão
Com medo da escuridão
Que nunca chega
Os músculos se contraem
Mas você não sente a dor
Somente o calor
Do sangue a escorrer
Pelo chão sem vida
Talvez cinza
Um dia sem vida
A chuva e frio
São apenas
A tela e a moldura
De uma vida dura
Tão frágil quanto qualquer uma
Na espera de algo que não vem.

Sangue frio

Fria realidade
Sangue frio
Colorindo a negra alma
Sangue surreal
Sangue de cinema
Mas não o seu
Que corre sombrio
Em suas veias
Mera brincadeira
Destroçando membros
Destroçando mente
Assustando espíritos
Tão reais
Ocultando o que
O que há escondido
Atrás das máscaras
Atrás de você
O que te assusta tanto
Sua carne não é de pano
Pobre carne
Somente um veículo
Descontrolado as vezes
A merce da sua mente
Nem sempre sadia
De intenções nem sempre sadias
Onde o dia irradia.

Levante

O Sol se levanta
Posso encara-lo nos olhos
Nossos olhares se encontram
Ele esta a minha frente
Cada vez mais alto
Eu o acompanho
Do amanhecer ao entardecer
Observo seu desenvolvimento
Durante o dia
Vejo sua ascendência
Vejo sua magnitude
Vejo atingir o seu auge
E iniciar a sua queda
Queda que posso observar
Só preciso olhar para trás
Ele se esconde atrás de mim
Num ciclo sem fim
Como se fugisse do meu olhar
Sem forças para me encarar
Mas com o mesmo
Esplendor com que se levanta
Sai-se embora
Sem demora.

Sorridente

Eu queria cair na realidade
Cair e sorrir dela
Triste realidade
Realidade que
Nem eu
Nem você
Vai conseguir
Revelar
Triste realidade
Crua
Insana
Perdida em si
Perdida de si
Eu estou aqui
Aqui não sei aonde
Cansada de andar
Perdido no caminho
Caminho sem rumo
Sem futuro
Onde estará
O fim do arco-íris
De um céu azul.


Valores

Qual o valor da vida
Do ser humano
Das suas ações
Das suas aspirações
Dos seus sonhos
Dos sentimentos reprimidos
Por vergonha
Por demonstrar fraqueza
Qual a importância
Alguma espécie
Troca de interesses
Um monte de moedas
De ferro
Frias
De uma robustez flexível
Sem alma, coração, sentimento
"Sem credo", religião
Sem amor próprio
Presas em si mesmas
Estúpidas moedas
Estúpidos homens
De valores que não
Valem nada
Sem importância nenhuma
Apenas um brilho frio
Que cega almas perdidas.

Os vermes

O mundo
Por que me fizeste assim
Pesadelo vivo
Tudo roda dentro de um quadro
Em branco parado
Apenas uma porta
Para o nada
O nada existencial
A dor no peito
Os olhos fechados
Que veem na escuridão
A mediocridade
A pequenez
O grande significado
De esta vivo
Quando se já esta morto
Os vermes não te comem
Eles não percebem
Que a vida já não
Existe ali
E eles só deveriam
Fazer o seu trabalho
Extinguir a matéria inerte
Reintegra-la as cinzas
Ao nada total
Ao seu final.

Natal

Natal
Noite feliz
Falsa felicidade
Felicidade que não encontro nos meus prozacs
Felicidade que não encontro em lugar algum
Noite de terror
Os fantasmas rondam minha casa
Entre anjos
Mas não posso vê-los
A noite é escura
E tenho medo da escuridão
Eu moro na escuridão
Escuridão que você vê
Nunca verá
Só eu a vejo
E ela é tão real
Que é real
Minha mente tenta se esconder
Mas não há onde se esconder
Não há do que se esconder
Num canto do quarto
Sentado tentando não morrer.

Dias e noites

Paredes sem matéria
Objetos do pensamento
Algo na escuridão
Significados perdidos
Sem razão
Sem noção
Do que esta acontecendo
A chuva leva consigo
A poeira de uma semana quente
Sufocante e seca
Na qual o Sol
Queimou minha pele
E ofuscou minha mente
Dias e noites
A espera do remédio
Que me tirará daqui
Desse lugar nenhum
Um lugar incomum
Que só pode ser visto
Numa pintura de dor
De horror
De desespero
O dia cai sobre mim
Eu sou apenas um
Um alguém
Um ninguém
Quem sabe.

Colo quente

Preciso de um colo
Um colo onde possa
Repousar minha cabeça
Minhas idéias
Meu coração
Um colo quente
Que afague meus cabelos
Que me mime
Que deixe eu dormir
nele
Um colo que me queira
Que fique feliz
Com minha presença
Que cante canções
de ninar
de amor
Um perfumado
Um colo que possa
Ser amado
Que me receba
Como um cachorro
Com aquele brilho nos olhos
Que ria, chore, sinta
Minha insignificante
Presença

Simetria

Perfeita simetria
Simetria branca
Correta e fria
No vácuo lunar
No espaço infinito
Onde nada se sabe
Nada se conhece
Luz de estrelas
Mortas
Nos atingem agora
Será que ela esteve viva
Algum dia
Luz irreal
Do que foi real
No espaço de tempo
Tempo que separa
Eu e você
Eu de você
A brisa lunar
Irradia
Uma vida perdida
esquecida
Nas areias do tempo
Sagaz tempo
Tempo
Tempo.

Tons de Cinza

Um mundo de vozes
No susto da escuridão
Compartilhada com a solidão
Com medo do cão
Que late da assombração
De um mundo preto e branco
Até que a noite fica bonita
Nos seus tons ambíguos
Que se confundem
Realçando os detalhes
Onde as cores não existem
A foto torna-se bela
Na sua simplicidade
Na sua frieza
Apenas o que é
Apenas o que se ver
Uma vida escondida
Uma vida esquecida
Os tons de azul
Não trazem paz
O vermelho não emociona
Tudo é cinza
Como o cimento
Que cobre a cidade
No silêncio das horas
Que passam despercebidas
Por quem não esta ali
Como se nada
Estivesse acontecendo
Sentado no meio da rua
A procura da Lua
Que não brilha prata
No céu azul.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Uma vida, um dia.

Eu quero uma vida
Diferente da que eu tinha
Uma vida para ser vivida
Uma vida viva
Meus remédios
Minhas drogas
Meus remédios
Meus venenos
Os carceres da alma
Uma alma perdida
Na escuridão de um nada
Sem paredes
Confinado entre paredes
Lugar claustrofóbico
Do qual não consigo sair
O sal da vida
Parece não temperar
Mais essa vida
Preso sem amarras
Culpado ou inocente
Vítima ou vilão
Que manto escuro é esse
Que não me deixa viver
Viver plenamente
Viver com unhas e dentes
Arrancar do peito essa dor
Dor que não ajuda
Que não é amiga
O medo já faz parte da rotina
Rotina que não existe
Pois não há vida
Vida em frangalhos
Sem a máscara do palhaço
Que ri sozinho no escuro
Enquanto chora no peito
A dor que não exala
Que não emana
A dor persistente
Que não me deixa viver

Baile no ar

A espera
Sempre angustiante
O ar se torna
mais denso
O coração aperta no peito
E acelera
Uma sensação de insegurança
Invade sua mente
Uma respiração profunda
Tenta acalmar
A mente parece obscurecida
Os pensamentos se mesclam
Num bailar esfuziante
Tudo fica confuso
As luzes se apagam
O suor escorre pela face
Já branca pela tensão
O corpo endurece
Você fica sem (re)ação
Pensa em algo
Mas nada vem a cabeça
Fecho os olhos
Tentando me livrar
Parece sufocar
Preciso de ar
Ar para respirar
Ar para sonhar
Ar para gritar
Ar para berrar
Ar para terminar
Pairando no ar.

People

Parece que as pessoas
Riem de você
Os sentimentos parecem enganar
Existe um certo desconforto
Parece que não deveria
Esta ali
Naquele lugar
Com aquelas pessoas
Pessoas estranhas
Parecem que lhe olham
Como que julgando
Pensar que não é com você
Não diminui a sensação
De mal estar
O medo esta presente
assustador até
Mas não há o que fazer
O pensar não cessa
O inconsciente cria
Fantasmas
Dos quais não há
Como fugir
Ou se esconder
A luta é interna
Só você pode
Exorcizar esses fantasmas
Que o assombram
Que o perseguem
Tirando seu sono
Roubando sua paz.

Aonde

Aonde eu iria
Aonde eu iria se fosse uma borboleta
Aonde eu iria se tivesse asas
Aonde eu iria se pudesse voar
Aonde eu iria se fosse livre.

Apenas

Sentado parado
Mas em movimento
As ondas vão
As ondas vem
As nuvens pairam
Em meus pensamentos
Tempestade de idéias
A cabeça gira
Sem focalizar
O que acontece a volta
De olhos fechados não exergo
Uma cegueira diferente
Não vejo o que vejo
Vejo o que não quero
Sentado num canto
Escuro ou claro
Não sei
Não faz diferença
A Lua ilumina
Mais que o Sol
O mesmo que queima meus olhos
Quando o procuro no céu
No céu sem estrelas
Apenas queima.

Suor

Poemas contados
Talvez encontrados
As vezes sonhados
Por poetas suados
Outros surrados
Nem sempre encontrados
De pés descalços
Esperando acontecimentos
Num canto sentados
Olhando um céu ensolarado
desses que só existem no quadros
Com um olhar gelado
Enquanto são observados
Por olhos cansados (sensatos)
Que jogam dados
Dados marcados
Num sonho acordado
Onde o palco é o mundo
Mundo quadrado
Visto de olhos fechados
Olhos redondos
Olhos molhados
E os cabelos grisalhos
O tempo virou passado
Lembranças de um tempo esquecido
Lembranças de tempos remotos
Na poeira dos anos.

Escuridão

A luz do dia
É tão sinistra
Quando uma noite escura
De lua cheia
Os fantasmas diurnos
São tão cruéis
Enquanto os noturnos
Apenas querem se divertir
O dia possibilita viver
Mas é a noite
Que a vida faz sentido
No silêncio da escuridão
Onde tudo parece
Mais claro
Uma transparência
Que mesmo no dia mais
Iluminado
Não sei se é possível encontrar
O vento sobra gelado
Mostrando um caminho
Que não quero seguir
Talvez não seja o meu
caminho
A trilha árida e empoeirada
Que não leva a lugar
algum
Que esconde belezas
Que esconde homens
Os homens de barro
Em sua essência primitiva

Vale a pena?

Tudo é difícil
Levantar a cabeça
E continuar andando
Vale a pena
Mas a vezes nem
Isso ajuda
Acreditar no que
Se tudo é tão improvável
Tudo é questionável
Até a vida é surreal
Uma história sem final feliz
Com palhaço sem nariz
O sorriso amarelo
Um Sol dourado
O espelho reflete
Um rosto apático
O remédio não é mais
Uma salvação
Um santo remédio
Que não se encontra
Num altar de igreja
Deus não sei
Talvez se divirta
Com toda essa confusão
Sentando em seu trono
Admirando sua criação
Ou apenas seja algo
Da minha imaginação
Quando uso a imaginação.

Asas

Voar de asas quebradas
Dentro de uma redoma de vidro
Sem poder alcançar
A liberdade
Que se encontra ali
A sua frente
Ter pernas e não se poder andar
As vezes nem sonhar
Preso no mar
As direções são iguais
As distancias igualmente
O dia e a noite passam
As horas voam
O caminho sem bússola
Não parece claro
Achar onde se quer chegar
Os ventos podem indica-lo a direção
A sua direção
Ou afastá-lo da sua
O mundo é grande
E redondo
E possui cantos
Que canto se encostar
Que canto ouvir

Sozinho

Sozinho com um coração apaixonado
Um coração dentro do peito
Um coração teimoso
Que não cansa de sofrer
Que ama ardentemente
Sem medo
Cheio de cicatrizes
Mesmo assim
Ainda guarda espaço
Para seu grande amor
Cansado de sentir
A dor da perda
Mas feliz por poder
Sentir tudo de novo
Sem se arrepender
Dos amores passados
(As vezes) Talvez errados
Somente sedento
Viciado por um sentimento
Que é único
E não pode ser encontrado
Em outro lugar
Nem em qualquer coisa
Apenas sonhando
com as flores
Florescendo no jardim
Num belo (lindo) dia
de Sol.

Português não é para amador

Um poeta escreveu: *”Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar”. * Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução. Eu, por exemplo, pre...