segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Uma vida, um dia.

Eu quero uma vida
Diferente da que eu tinha
Uma vida para ser vivida
Uma vida viva
Meus remédios
Minhas drogas
Meus remédios
Meus venenos
Os carceres da alma
Uma alma perdida
Na escuridão de um nada
Sem paredes
Confinado entre paredes
Lugar claustrofóbico
Do qual não consigo sair
O sal da vida
Parece não temperar
Mais essa vida
Preso sem amarras
Culpado ou inocente
Vítima ou vilão
Que manto escuro é esse
Que não me deixa viver
Viver plenamente
Viver com unhas e dentes
Arrancar do peito essa dor
Dor que não ajuda
Que não é amiga
O medo já faz parte da rotina
Rotina que não existe
Pois não há vida
Vida em frangalhos
Sem a máscara do palhaço
Que ri sozinho no escuro
Enquanto chora no peito
A dor que não exala
Que não emana
A dor persistente
Que não me deixa viver

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