segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Escuridão

A luz do dia
É tão sinistra
Quando uma noite escura
De lua cheia
Os fantasmas diurnos
São tão cruéis
Enquanto os noturnos
Apenas querem se divertir
O dia possibilita viver
Mas é a noite
Que a vida faz sentido
No silêncio da escuridão
Onde tudo parece
Mais claro
Uma transparência
Que mesmo no dia mais
Iluminado
Não sei se é possível encontrar
O vento sobra gelado
Mostrando um caminho
Que não quero seguir
Talvez não seja o meu
caminho
A trilha árida e empoeirada
Que não leva a lugar
algum
Que esconde belezas
Que esconde homens
Os homens de barro
Em sua essência primitiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Português não é para amador

Um poeta escreveu: *”Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar”. * Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução. Eu, por exemplo, pre...